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Detetive particular: coisa de novela ou da vida real?

Você contrataria um investigador para sondar os rastros do seu marido, filho ou sogra? Muita gente tem procurado esse tipo de serviço e se surpreendido com o resultado, que pode trazer soluções ou mais problemas.

Graças às mulheres, os detetives particulares estão cheios de mistérios para desvendar. Elas respondem por cerca de 75% dos serviços, afirma o assessor Detetive RJ Net, do Rio de Janeiro, que faz a ponte entre o cliente e os detetives de sua rede e não revela seu nome alegando sigilo profissional.

Os motivos são vários. O mais procurado é em relação à infidelidade, seguido por pessoas desaparecidas e pais que querem descobrir se o filho está envolvido com drogas, lista.

O detetive Edilmar Lima, diretor da Central Única Federal dos Detetives do Brasil, em Brasília (DF), conta que grande parte da clientela tem entre 18 a 45 anos, trabalha e tem curso superior. Se engana quem pensa que a mulher que procura o detetive para investigar o marido, noivo ou namorado é feia ou insegura, assegura. Mas, afinal, como funciona a contratação de um detetive?

A rotina do profissional

Primeiro, ele levanta nome, fotos, endereço residencial e de trabalho e lugares que o investigado frequenta, entre outras informações. A partir daí, começa a busca por mais pistas, que depois são reunidas e apresentadas à interessada.

Muitas vezes nosso trabalho muda a vida das pessoas. Se encontramos alguém que estava desaparecido, por exemplo, é só alegria. Já quando confirmamos uma traição a mulher fica arrasada. Mas, depois, muitas se sentem livres para pôr um ponto final na relação ou rever o que está errado e tentar consertar, ressalta Detetive RJ Net.

Nessa tarefa, todo cuidado é pouco. O detetive deve estar atento para não cometer delitos, como quebra de sigilo telefônico e fiscal, ou invadir a privacidade alheia, fazendo flagrantes em ambientes fechados, por exemplo. Só dessa forma é possível investigar sem infringir a lei, comenta Edilmar, que atende cerca de dez casos por mês.

Eu contratei!

A médica Flávia*, 38 anos, casada há doze, começou a desconfiar da traição do marido há cerca de seis meses. O que me chamou a atenção foi que ele passou a chegar cada vez mais tarde do trabalho em casa, ficava ansioso sempre que o celular tocava e vivia dando desculpas para sair sozinho nos fins de semana, conta.

Ela lembra que o procurou para conversar várias vezes, mas ele fugia. Fui ficando angustiada e insegura, com problemas para dormir e até para me concentrar no consultório. Resolvi dar um basta nisso contratando um detetive, mas não contei para ninguém por medo de ser taxada de neurótica, fala.

Com uma semana de investigação ela descobriu que o esposo realmente a traía. Perdi o chão quando vi as fotos deles se beijando. Por outro lado, com as provas em mãos ele não pode mais mentir nem fugir da conversa. Discutimos as nossas insatisfações e chegamos à conclusão de que ainda nos amávamos e deveríamos nos dar uma chance. Hoje somos mais cúmplices e estamos felizes.

*O nome foi trocado a pedido da entrevistada.

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Detetive Edilmar Lima
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